sábado, 13 de outubro de 2007

tudo bem, confesso...

Eu como pessoas.
Não é tão simples assim: Eu mordo, mastigo, mastigo e engulo. Às vezes, vomito.


Eu gosto de ver o circo pegar fogo. Dentro e fora de mim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

bien venido, forastero!




O tapete vermelho está em todos os portões do meu corpo, feito minha língua macia em sua carne, feito as pontas dos meus dedos e meus tremores.

No lugar do tapete vermelho está a minha língua. Passeando pelo teu corpo, buscando cada linha da tua pele, bucando envolver-te inteiro, pouco-a-pouco, e todo, e tanto, e talvez... Posto que maior que teu sexo é tua alma, e isso me desbrava. Nua inteira.


terça-feira, 18 de setembro de 2007

Ninfomania


Sensualidade a toda prova. ;)

sábado, 1 de setembro de 2007

último pôr-do-sol

a morte devasta a gente sem devastar, quando não é a gente que ela mata.
(porque no fundo a gente não morre, quem morre são os outros, a gente morre-vivo, bem vivo, e dói na carne, na garganta, adormece de tanto doer... mas nunca acaba de doer!)








Pois no dia em que você foi embora eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém;
O último homem no dia em que o sol morreu...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Das confissões, insetos e outras porcarias

As professoras reclamaram ontem de um cheiro de barata.
Foi uma discussão infindável entre as outras professoras, que me ensinavam gentilmente o que era o tal cheiro de barata e suas inúmeras hipóteses.
Dizem que lá onde trabalho tem muito desse fedor - é, dizem que fede -, coisa do saneamento, quando tem barata demais no lugar, é certeiro, vem aquele cheiro.
Que cheiro?
Um cheiro de barata.
Eu lá, sem entender. Era uma reunião que falava do cheiro da barata e eu com náusea daquela conversa, queria partir, tem um incômodo latente que não sei bem o que é até agora, mas faz mal.
Esse assunto desgastou. Fui lembrando saem perceber e em efeito dominó. Pensei em Clarice me mandando provar o sabor de barata esmagada e Kafka me orientando a me comportar como barata, a acordar cascuda, a ser tudo isso. Pensei em todas as baratas que já me atormentaram, muitas. Até sorri lembrando de uma em especial. Meu pânico com baratas, meus brios em não admitir de forma alguma que tenho pânico de barata, porque pânico de barata que fosse meu deveria soar poético, epifânico, não apenas uma ojeriza de mulherzinha, e minha macheza, como fica?
Percebi que não sentia mais repugnância das baratas lá da escola.
Eu nunca vi nenhuma, na verdade, mas sei que estão lá, me espreitando, me esperando, sussurando entre si à minha passagem e eu as odeio. Odiava, hoje não odeio mais. Até procurei o cheiro delas, pena que não senti, não vi.
Às vezes penso que o cheiro está lá, que elas estão lá, aos montes, uma peste, em todo canto, não há onde ir, estão presentes, visíveis, táteis... E eu é quem acredito não ver.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

letter

Impróprio e imprevisto.
Talvez a gente invente amores e a insanidade tenha alguma culpa em nosso cartório.
Talvez você já tenha, até, outro amor. Viva um romance novo, com gosto de erva e água fervente, com novidades na sala de estar.
Talvez eu esteja falando com você, com você, com você, ou comigo…
Essa chama que acende e apaga e crepita e acende e apaga e me lembra a luz de um faról.
Você não é um faról. Nós não somos. Nunca fomos. As luzes de um faról parece que dançam embriagadas da maresia. Nunca entendemos porra nenhuma de maresia, a gente é feito de um tipo de fumaça. Fumaça que a gente exala pelas narinas, à plenos pulmões.
Aproveitando essa luz e essa embriaguez, eu admito: A gente decidiu isso assim que nasceu.
Tô me sentindo transparente e furta-cor. Mas é que então, agora, andei procurando em vão umas flores e um café e um cigarro e um desconsolo qualquer no bolso da minha calça. É tudo fumaça. E eu te amo violentamente.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Tão mulher...

Você, que é tão mulher...
E que é tão melhor!

Que é tudo tão seu,
Tão breu,
Tão sol!

Escorre macia uma gota de mel da sua boca, louca.
Que raio de coisa faz ela?

Atira seu corpo na cama
Desnuda
Ama e se ama
Inunda, profunda…

Quanto porto num pedaço tão oceano de mulher.

É que dorme em sua pele uma febre candanga, eu acho.
É que cabe em seu peito uma Espanha, eu acho.
E mora no quadril uma dança, eu acho.
E cai bem aos seus pés uma andança, eu acho.
É que nela eu me acho… Seja hoje eu quem for!

Mas só Paula quem porta essa alma… Ess’alma de porte lunar e beldade que não se faz, simplesmente é.

Paula, que é tão mulher!

Parece menina na areia e nas flores,
Que expande em cores
Amores
Dores
Senhores…

Parece mulher, mas tão menina
Tão divina
Messalina
Tão fina e tanto assim
Linda, colorida,
É tanto de jardim!


E é tão mulher…
E ser assim tão mulher,
E ser assim, tão assim...
Faz se encontrar escondida no sertão de si.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

dúvida cruel

no
meu
cérebro
crepita
uma
dúvida
martelo

minha
alma
se
agita
aflita

tragédia grega desdita

flagelo
dor
pesadelo
arranca
os
meus
cabelos
e
como
se
fosse
praga
adaga
no
cotovelo
golpeia
meu
cerebelo






SERÁ?
.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

como diz a canção...




é bem isso, mesmo.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Pela manhã...

Ontem eu a fitava enquanto dormia.
Era simples e não preciso dizer o quanto era lindo.
Deitada livre sobre meu travesseiro.
Olhando atentamente e encantada, suspirei:
"Você tem as mãos mais finas e elegantes onde meu coração já repousou..."

E ela, por sonho ou instinto, fechou a mão e cerrou as unhas, sem sequer acordar.

domingo, 8 de abril de 2007

slow drug



ela olhou pela janela e viu a visinha lavando o quintal, eram duas horas da manhã e elas perderam o sono.
pensou, inevitavelmente.
pensou naquela droga vagarosa que deixava a ponta da sua língua dormente.
achava uma dicotomia em sua língua, a bifurcação da serpente que guarda entre os joelhos.
ela pensou inevitavelmente na droga que deixava a ponta da sua língua dormente, que a fazia tremer, queimar e depois consumia cada centímetro daquilo que conhecia de si.
o vento soprando um nó na sua garganta e a visinha sem sono que lavava o quintal.
pensou em seu sono, amanhã tem que trabalhar, amanhã é outro dia, outro maço de cigarros, outro café forte.
aquela droga vagarosa que deixa a ponta da sua língua dormente lhe falta e ela não sabe mais se é uma coisa ou outra... é como perder o rumo de si.













Blue now is the colour,
With the headlights burning,
Watching out the windows,
Still the question lingers,
I twist it round my fingers,
Could you be my calling?

segunda-feira, 26 de março de 2007

bulerias

La mujer

Que trago presa entre os dentes.
Feito
Um
Grito


Zapatea, zapatea,
fere os pés
fere o corpo
que a'lma caleja de pancadas
não te cansará

Todos os mistérios e nenhum desejo de desvendá-los
Na verdade todo amargo que se engole é um preço por ser
A ojeriza escondida por engolir a própria vida
Toda dor se constrói pura como a própria vida
Sem sentido algum... como a própria vida!

Voltam.
Escondidas dentro do útero
suas e minhas feridas

Um destino que dói
os pés que doem
as lágrimas que ardem, queimam, secam depois.

Um trabalho, um destino,
algumas mulheres por dentro do peito acordam ao cantar seu lamento
enquanto contemplam o sangue macio escorrer pelas pernas...
Volta.

Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.


Corre...

La mujer
Que trago presa entre os dentes.
Feito
Um
Grito

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

bem?

"...Aliás, pancada no estômago eu tô tomando do 'Não Verás País Nenhum'! Preciso de contar-te dessas coisas todas, daquela fila no corredor da luz, valha-me deus, das minhas náuseas... Tenho muitas náuseas! Até parece que estou grávida de povo e vou parir o horror." - trecho: recado deixado para a Telma.


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Um olhar pra perceber muito mais do que a solidão me diz


Vou acordar ao amanhecer

pra contestar a cor do céu azul



e vou me antecipar
pomares vão nascer
e eu torço pr'o amanhã


vir
enquanto
durmo...

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

cadê meu rubro?

odeio os dias de cor cinza como hoje.
gosto de quando acordo e tem
um sol
enorme amarelo vermelho bonito lá fora,
fingindo que é feliz.






gosto do simulacro.



odeio o cinza.

sábado, 27 de janeiro de 2007

Da água

Era doce acreditar que preferir os cachorros poderia ser uma frase bonita na mesa, mas na verdade todo mundo tava muito só.
Todo mundo tava muito só.
Havia meia-luz, conhaque, cigarros, café frio, o barulho baixo da tevê e da respiração.
Ela chorava num silêncio tão profundo, tão centrado, que ninguém percebeu...
Pudera! Não haviam sombras nas paredes ou pés sobre o sofá.
Seus amigos eram muito sensíveis. Quando não, sabiam o resultado do jogo de futebol e poderia a noite acabar com pizzas baratas e vódka ruim.
Quando todo mundo precisava, todo mundo ia, era uma pose só para a foto.
Malditas poses, dizia baixinho, imperceptívelmente.
Quero amigos. Quero quem me ame, quem cozinhe, quem acabe com essa meia-luz.
Algum deles poderia abrir as janelas, deve estar sol lá fora.
Tem aquele restaurante e tem o telefone.
Eles deveriam desconfiar que existem no mundo, além de seus próprios umbigos, os meus.
Se fosse assim, seria menos vazio acreditar naquela euforia toda.
Falando como se alguém acreditasse na euforia.
Euforia é resultado da equação básica infelicidade + desespero.
Eu não devia dizer, mas esta lua, mas este conhaque, botam a gente comovido como o diabo...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Ela escrevia, eu Lígia

Era um daqueles dias em que a gente não sabia dizer nada que não 'Adeus'.
Lígia, uma de minhas mulheres, olhava a paisagem atentamente de forma a não perder nada. Estavamos no centro, em uma pracinha cinza com pombos e velhos com histórias tristes e mau cheiro.
Ela carregava consigo um bloco de papél e um lápis de ponta já um pouco gasta. O que Lígia observava na paisagem eu observava em Lígia, minha paisagem.
Suas coxas roliças, gordas, seu porte robusto facilmente notável sob o vestido leve, sua pose de gênio e seu olhar de mar.
Ela queria escrever.
Me disse: "Quero voltar a escrever!".
Nesta noite, eu a tinha levado para jantar em um restaurante grego. Comemos camarões ao Molho de Iogurte e hortelã e pão à moda de Corinto, acompanhados de um vinho leve.
Lígia adora quando falo assim, com savoir faire, dizendo que o vinho em questão é "leve". Ela se encanta com pequenas coisas. Flores, restaurantes, lugares que nunca foi...
É uma mulher fascinante!
Escreveu um livro. Nunca opinei verdadeiramente sobre o tal... Só disse alguns "É ótimo!" embalados pela obrigação de agradar a fêmea, que ela entendeu que foi obrigação e provavelmente imagina que odiei seus papéis... Não.
Lígia escreve a tocar o profundo íntimo de quem lê. Confessando bem, tenho medo de envolver-me com o que escreve Lígia. É intenso, amargo, forte, dolorido...
Quando a conheci, conheci uma mestra na arte da solidão. Aos poucos fomos nos envolvendo. Levei-a onde nunca havia ido. Amei-a como jamais havia sido amada. Lygia era quase-virgem. Não gostava de sexo, não gostava de homens, não gostava de nada.
Vivia entocada em seu quarto de pensão, estudava, bebia vinhos baratos, assistia filmes desconhecidos, lia, ia até o parque com seu bloco de papél, escrevia, voltava. Eu a amei, dei a ela um apartamento aconchegante, noites agitadas, comidas e bebidas desconhecidas.
Parecia perfeito. Ela gostava, achava perfeito. Me dizia ser perfeito.
Ontem me disse que me ama.
Eu sorrí. Sei que também a amo. Amo muito minha Lígia.
Ela sente falta de escrever, sente muita falta de seus dias vazios, mas me ama, ama o vinho leve, a comida diferente, ama meu mundo, o mundo que criei para ela.
A trouxe de carro para o parque.
Há pouco fui perguntar como estava.
Ela disse "tonta".
Eu sei disso.
Me divirto com Lígia...
Não percebeu ainda que jamais conseguirá escrever novamente, afinal, acredita que está feliz.
Estúpida.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

toilette de fêmeas

Terça-feira, Março 28, 2006
Histórias pra boiada dormir

Dominique não tinha uma família respeitada. A mãe havia morrido atropelada, o pai era um escritor de teatro falido & frustrado & bêbado. Para todos efeitos, era uma boa moça e uma moça boa. Apanhada, dentro dos limites da sua estética suburbana. Todos diziam que seu corpo pertencia aos errantes e a quem não tivesse mais nada, mas este implacável costume do diz-que-me-diz do pessoal do bairro dava-se ao generoso hábito de Dominique de desde menina doar com gosto a quem quisesse doar, mas era limitado a desprezar a essência bucólica e doce da bela moçoila.

À chegada do auge do florescer de sua juventude Dominique, em época de freqüentar o baile do carnaval, conheceu Geruza. Geruza, a amiga de colégio, era a filha do casal modelo de moral e bons costumes do detrito social que as rodeava. Moça pudica e bem criada e muito mais coberta de panos que Dominique que vivia com suas tenras coxas displicentemente à mostra. Possuía olhar casto, trejeitos angelicais de quem foi cria para ser elogiada, declarado sonho - seu, de sua mãe, tia e avô - de casar-se de véu branco.

Certa feita no colégio, Geruza insinuou o quão importante seria para ela, como uma prova de sua amizade, que Dominique a convidasse a dormir em sua casa. Dominique, que sabia bem de sua fama e do conservadorismo dos progenitores de Geruza, ficou receosa, mas não demorou muito a ir falar com os pais da moça. Com os pés muito atrás (todos os dois) e depois de duas horas a fio de sofismas e dialética que Dominique dominava bem, a mãe de Geruza permitiu que a filha saísse com a outra desde que preservando infinitas condições, entre elas que a moça não mais viesse com a sandice de acompanhar Dominique no baile de carnaval naquele ano: "Onde já se viu? Moça de família, nessa idade, na rua?". Geruza não ligou para a condição, não gostava do carnaval, e aceitou cabisbaixa todo o demorado sermão, depois sendo consolada por Dominique que argumentava que pais são adultos e os adultos adultecidos são animais mamíferos, bípedes e bimanos com racionalidade muito aflorada e grande facilidade para aprender a levantar o dedo indicativo em riste e balançar a cabeça negativamente, que isso passa, que é só "pegar confiança".

Foi assim e foi rápido. Dominique estranhava o apreço exacerbado de sua amiga e a necessidade que ela sentia em freqüentar a intimidade de seu quarto, mas justificou para si mesma que talvez fosse a lasca de independência à qual a pobre Geruza reprimida se agarrava, a admiração na amiga livre.

No ano seguinte Geruza não pôde ainda ir ao baile de carnaval, mas não tinha este propósito: Dormiria como em todo final de semana na casa de Dominique, lance de praxe, estranhamente a aprazia mais que qualquer baile... Este ano, Dominique, quem não desperdiçava sua juventude, encontraria por lá um atleta de pouco cérebro e muito músculo, virilidade e voracidade: Nestor fantasiado de búlgaro, e logo depois encontraria com Geruza em sua casa. Quase tudo saindo como programado, se não fosse o imenso bolo que a mal fadada rapariga levou de Nestor fantasiado de búlgaro, que decidiu ficar pelo drive-in mesmo, acompanhado da dançarina havaiana. Mesmo furiosa com o desdém do acéfalo, Dominique não foi para o salão agarrar o primeiro pirata ou marinheiro que encontrasse, pelo contrário, contrariada com o imprevisto decidiu voltar para casa antes mesmo do horário de virar abóbora.

Entrou sem fazer barulho: Era costume que Geruza já estivesse dormindo, dorme cedo, comportada... Nas pontas nos pés subiu as escadas e entrou em seu quarto, mas para sua surpresa, a cama onde Geruza dormia estava arrumada-porém-sem-ninguém. Desceu as escadas curiosa e confusa, tentando entender o destino de sua casta amiga. Ouviu um barulho próximo à porta da cozinha... Alfredo, o gato, queria comida. Pacientemente decidiu alimentar o gato, tomar um copo de leite e ir dormir - aquela noite havia sido um fracasso -, mas quando foi em direção do armário onde era guardada a comida do bichano, um susto: Geruza nua sobre a pia da cozinha, com um chicote açoitando seu pai escritor de teatro falido & frustrado & bêbado que vestia uma ridícula roupa de couro sintético. Assustados e sem ação, os dois enrubesceram e embaraçaram-se completamente, mas Dominique saiu da cozinha de modo que não deixasse tempo para que eles tentassem o fiasco de explicar a cena. Decidida, voltou ao salão e deu para o palhaço, para o faraó, para o escocês, para o homem das cavernas e até para a nêga maluca.

Nunca mais ninguém viu Dominique por aí, uns dizem que ela saiu de mochila pela América do Sul pouco tempo depois, e que morreu há dois anos de velhice antecipada... Pode ser tudo boato, claro. De concreto só o que posso dizer é que no fatídico dia em que Dominique voltou ao baile escreveu com um batom bem carmim no espelho do banheiro feminino: "A vida deve ser muito mais do que uma coleção de momentos. É a coisa de fazer valer cada segundo de sua insignificante existência, pois no inferno não existe Serviço de Atendimento ao Cliente!...”, E depois sumiu no mundo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

la mer..


Eu encontrei-(lo) quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pra eu merecer
Antes de um mês eu já não sei
E até quem me vê, lendo jornal
Na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguem dirá
Que é tarde demais
Que é tao diferente assim
O nosso amor
A gente é quem sabe pequena
E se o caso for de ir a praia...
Eu levo essa casa numa sacola!
Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê
Deve não ser
Voce me falou
Pra eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor
Ah vai!
Me diz o que é o sufoco
Que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar!
E só de te ver
Eu penso em trocar
A minha tv num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
E pra nós dois
Sair de casa já é
Se aventurar
Ah vai! me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar eu sigo essa hora
Pego carona
Pra te acompanhar