sexta-feira, 10 de agosto de 2007

letter

Impróprio e imprevisto.
Talvez a gente invente amores e a insanidade tenha alguma culpa em nosso cartório.
Talvez você já tenha, até, outro amor. Viva um romance novo, com gosto de erva e água fervente, com novidades na sala de estar.
Talvez eu esteja falando com você, com você, com você, ou comigo…
Essa chama que acende e apaga e crepita e acende e apaga e me lembra a luz de um faról.
Você não é um faról. Nós não somos. Nunca fomos. As luzes de um faról parece que dançam embriagadas da maresia. Nunca entendemos porra nenhuma de maresia, a gente é feito de um tipo de fumaça. Fumaça que a gente exala pelas narinas, à plenos pulmões.
Aproveitando essa luz e essa embriaguez, eu admito: A gente decidiu isso assim que nasceu.
Tô me sentindo transparente e furta-cor. Mas é que então, agora, andei procurando em vão umas flores e um café e um cigarro e um desconsolo qualquer no bolso da minha calça. É tudo fumaça. E eu te amo violentamente.

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