quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Tão mulher...

Você, que é tão mulher...
E que é tão melhor!

Que é tudo tão seu,
Tão breu,
Tão sol!

Escorre macia uma gota de mel da sua boca, louca.
Que raio de coisa faz ela?

Atira seu corpo na cama
Desnuda
Ama e se ama
Inunda, profunda…

Quanto porto num pedaço tão oceano de mulher.

É que dorme em sua pele uma febre candanga, eu acho.
É que cabe em seu peito uma Espanha, eu acho.
E mora no quadril uma dança, eu acho.
E cai bem aos seus pés uma andança, eu acho.
É que nela eu me acho… Seja hoje eu quem for!

Mas só Paula quem porta essa alma… Ess’alma de porte lunar e beldade que não se faz, simplesmente é.

Paula, que é tão mulher!

Parece menina na areia e nas flores,
Que expande em cores
Amores
Dores
Senhores…

Parece mulher, mas tão menina
Tão divina
Messalina
Tão fina e tanto assim
Linda, colorida,
É tanto de jardim!


E é tão mulher…
E ser assim tão mulher,
E ser assim, tão assim...
Faz se encontrar escondida no sertão de si.

Um comentário:

Paula disse...

Eu estou ainda tentando engolir o que li, tentando digerir e me conformar de que isto tem meu nome, lá escrito, lá declarado, para mim avisado. Eu estou tentando refletir se mereço tanto, mas o pensamento está meio embaralhado pela emoção e só me sinto em choque. Me pergunto onde foi que acertei, como consegui despertar uma percepção tão bonita sobre a minha pessoa. Olho para mim de cima a baixo e questiono: sou eu mesmo, meu senhor? Cheguei assim tão longe? Minha Jô, obrigada por me fazer ter orgulho de trilhar a minha vida. Obrigada por reconhecer coisas boas em mim. Obrigada por conseguir transformar isto em palavras que me atacam o peito desesperadamente, me fazendo sentir tanta emoção profunda metralhando minha alma. Que eu consiga ser digna de ser descrita assim. Que a vida me dê chance de comportar tudo isso.
Casa comigo?