sábado, 13 de maio de 2006

Lenda Urbana

Vamos esclarecer que quando disse que já posso morrer quis dizer que já não tenho interesse em ver mais desse mundo, que não quero certas novidades, desanimada com a humanísse toda, mas não que QUEIRA morrer.
Contudo mais uma vez estive enganada: Tem humano que ainda compensa!
Marileide é uma delas, diga-se.

Imagine comigo...

Quatro pessoas.
Maria e Tiago encontram Joyce no caminho de enfim encontrarem Vandré na estação do presidente saladinha a fim de aproveitar sua sexta-feira antes que essa vida besta acabe... E vão, vitoriosos, ouvir seu roquenrrou.

Marileide, em plena noite de sexta, estuda... Pelas louças percebe-se que ela comeu por alí mesmo, sozinha, no apartamento alugado por sabe-se lá qual motivo.

As quatro pessoas que dançaram, cantaram, pularam, tietaram e tudo mais partem de uma cidade para outra... Pobres de marré marré, vão buscar abrigo no apartamento emprestado da boa tia de Maria.

Marileide tranca a porta e vai dormir, aproveitar a noite fria para descançar-se bem.

As quatro pessoas passam no supermercado a fim de comprar umas coisinhas para matar a fome e fechar a noite agradável. Chegam ao apartamento, abrem a porta. Enfim o abrigo quentinho está alí, sob seus pés.

Neste momento que os destinos se cruzam... A porta abre, eles entram.
Marileide acorda assustada com o abrir da porta do quarto: Não é que nem Marileide sabia de visitas, nem Maria sabia que o apartamento estaria alugado?

Um simples diálogo:
"Oi... Desculpa, eu sou sobrinha da dona, viemos passar a noite aqui."
"(expressão de "?") Ah, ela me alugou o apartamento..."
"(expressão de "??") Er... Posso fechar a porta?"

Marileide virou pro lado e dormiu, deixando o resto do apartamento aos quatro estranhos cansados que carregavam cervejas.
DORMIU!
Quem nessa terra alugaria um apartamento e não chamaria a polícia ao ser surpriendido por quatro indivíduos estranhos munidos de requeijão e Stella Artois? E digo mais, que nem diria nada, só viraria para o lado e dormiria?
É de se refletir...
Será que Marileide havera se entopido de antidepressivos, porisso não teve forças para pegar a carabina embaixo da cama e sair atirando neste povo folgado?
Será que Marileide tinha tido uma noite de sexo adulto & despudorado com mais 5 pessoas e 2 cachorros, portanto exausta não teve forças para dizer sequer boa noite?
Será que Marileide era só apenas uma boa pessoa com sono?
Será que Marileide era mesmo real? Marilene não seria pois um fruto da imaginação coletiva?

(OUTRA VERSÃO)


Para elucidar:
Como as tais quatro pessoas estranhas sabem que o nome é Marileide? Claro que eles leram os papéis da moça que estavam sobre a mesa da cozinha... Seria indelicadeza, depois de tanta demostração de altruísmo, sairem sem sequer saber o nome de sua nova musa inspiradora...
De qualquer forma, vivas às Marileides. Sutís, silenciosas e acolhedoras... Santificadas sejam.


(Retificando: Tive que corrigir todas as vezes que acidentalmente chamei MariLEIDE de Marilene, sabe-se lá por quê...)