Colheradas
é a minha forma de dizer que eu absorvo a vida em colheradas bem servidas...
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
menina, eu? ♥
Inspirada em um post da Garota Enxaqueca, eu decidi contar como foi minha vida de mulher, que durou aproximadamente dois dias.
Primeiramente, tem uma coisa muito engraçada nisso tudo.
Quero que vocês saibam que eu tenho cabelo duro. Pronto, falei.
Sabe quando o cabelo que você nasceu é terrível, e você tem vontade de perguntar pra Deus qual foi a dele ao colocar aquela juba maldita sobre sua cabeça? Então, este definitivamente NÃO É o meu caso.
ADORO meu cabelo. Ele é todo enrolado, um grande fuá, e eu faço o que quiser com ele. Me perdoem o auto-amor, mas é um cabelo fantástico, daqueles que a gente mesmo não vê defeitos.
No entanto, o comportamento das pessoas de fora é muito engraçado, no que tange ao meu trato capilar. Eu acabo sempre ouvindo algumas frases-chave que um dia vou entender o que motiva a pessoa a dizer. Por exemplo quando alguém me encontra e diz "que bonito seu cabelo! Ai, meu cabelo é enroladinho assim, mas não é igual ao seu (?). Ele não fica desse jeito, se ficasse, eu abandonava a chapinha. Parabéns!" - A pessoa me dá parabéns por usar o cabelo enrolado e não usar a chapinha. É um feito pra humanidade da minha parte, mesmo.
Ou o pior de tudo é quando ela diz "ai, que lindo, que bom que agora tá na moda usar o cabelo assim, né?".
Aí ela me irrita.
Primeiro, porque eu uso este cabelo assim desde os anos 80, e agora as pessoas atribuem o meu cabelo ao estilo, força e coragem da Taís Araújo naquela novela lá. Segundo, porque quando ela diz "que bom que agora tá na moda", não sei, mas me dá a sensação de que eu tenho que ficar grata que meu cabelo deixou de ser bizarrice, para se transformar no gosto popular. Eu que aproveite enquanto dura essa moda.
Outra coisa é que teve aquela moda do baby-liss e todo mundo que tinha cabelo escorrido fez cachinhos. Todo mundo pode fazer cachinhos, é bonitinho, mesmo que seu cabelo seja liso-lambido. Ai, que fofa, ela fez cachinhos. Devia usar mais assim...
No entanto, mais ou menos uma vez por ano me bate uma frescura de fazer escova no cabelo, e é só uma vez por ano porque eu não tenho saco para passar por aquilo mais do que isso. É uma questão de mudar o visual, me ver de outro jeito.
Beleza, vou lá, gasto uma grana (haja cabelo), gasto horas do meu dia sentada numa cadeira, terminou, ficou bonita, vou pra casa. SEMPRE, invariavelmente, a reação das pessoas que encontro é:
1) INDIGNADINHA: "Poxa, o que você fez no cabelo? Ah, ficou bonito, diferente, mas se eu fosse você não faria mais isso!"
O que eu fiz no cabelo? Não sei, acordei e ele já estava assim. Mas se ela fosse eu, não faria mais isso. Isso, considerando que eu devesse prestar atenção em seus conselhos. Pra essa tenho uma resposta default na minha mente: "perguntei?"
2) INDIGNADONA: "Uééé, o que aconteceu com seu cabelo?? Ah, gosto mais quando você assume seus cachos!"
Como assim o que aconteceu com meu cabelo? foi atropelado por um rolo compressor, retardada!
A parte de "assumir os cachos" é a melhor. Eu passo 364 dias no ano com eles em sua forma natural, um dia que decido mudar um pouquinho, parece que estou me escondendo, deixando de assumir quem eu sou. Sai do armário, assume seus cachos! assume, sua descendente de escravos! assume isso!
3) RESIGNADA: Nossa, cadê seu cabelo enrolado? Ficou bonito assim. Por que você não faz uma progressiva?? Minha prima tem o cabelo assim, igual ao seu, e ela fez progressiva e ficou lisinho!
Não, capeta, não quero fazer progressiva. Não quero saber da sua prima que fez progressiva. Não quero ter cabelo liso. Se eu quisesse ter cabelo liso, eu teria o cabelo... liso. Eu não sou tão alienada, sei que existe tecnologia para isso. Agradeço à ciência, mas não, obrigada.
Fazer uma escova, para uma pessoa de cabelo duro, é como assumir um compromisso com a vida.
Aí vem sempre a argumentação: "Mas se você fizer a progressiva, quando lavar volta os cachos, só que mais soltos". EU NÃO QUERO SOLTAR MEUS CACHOS, POSSO? Meus cachos, como eu, são descendentes de escravos e não têm nada que ficar mais soltos.
Estas pessoas devem ter convênio com salões de cabeleireiros que fazem progressiva e dão comissões aos seus representantes. Eu tenho que ser inflexível, porque se eu ceder por um segundo, tenho a sensação de que vai acontecer como naqueles programas em que brota a produção do nada no meio da rua colocando cadeiras, cortinas, lavatórios e criando um salão ao vivo, pronto pra me alisar.
Gente, eu não quero ser lisa.
Eu só quero, em nome de meus antepassados, ter a opção de fazer algo diferente quando me der na telha.
Quando uma pessoa de cabelo liso decide enrolar, todo mundo acha fofo. Quando eu decido alisar, me sinto até um pouco criminosa. Parece que estou ferindo minha árvore genealógica e andando na contramão da história, desrespeitando todos aqueles que morreram lutando para que afro-descendentes pudessem usar seus cabelos naturais e soltos por aí. Desculpa, antepassados. Foi mal.
Enfim, voltando ao caso "fui mulherzinha", domingo eu tinha um lugar para ir. Acordei às 8hs da manhã, corri para o banheiro para checar minha escova. Depois daquele sofrimento todo, ela devia estar intacta, mas não estava. Tive que arrumar a juba denovo, trabalhando-a na chapinha.
Acabou este processo, fui tomar banho (sim, fiz o inverso). Coloquei seis toquinhas daquelas lá e tomei o banho mais de gato do mundo. Saí, fui me maquiar. Escolher a roupa. E a outra, porque minhas roupas não combinavam com aquele cabelo liso, foi difícil chegar a um consenso. Terminei, ufa, vou tomar café e sair, finalmente.
Aí sentei na mesa tranquilamente e chequei o relógio. Eram ONZE HORAS! Eu passei três horas me arrumando, tem noção?
Isso, desculpem, não é vida.
A pessoa perde anos de sua vida assim, momentos que poderia estar aproveitando dormindo, correndo no parque, fazendo amigos, comendo um cupcake, sendo feliz... Ela passou arrumando o cabelo.
Eu prefiro, sinceramente, aqueles dias que eu acordo, coloco a primeira roupa, saio com o cabelo molhado mesmo e vou. Pois que, sinceramente, é muito mais minha cara invistir mais tempo da minha vida vivendo, do que me preparando para viver.
boa filha à casa torna
Espero que dê tudo certo e que eu consiga seguir compartilhando as colheradas que eu dou na vida. :)
domingo, 27 de junho de 2010
momento daiany
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Da natureza estragativa das coisas...
Percebi uma tendência: as coisas boas, com o tempo, ficam ruins. Na verdade, não é nada como o descobrimento da pólvora. Com o tempo, as coisas boas estragam mesmo, até quando não se faz alarde disso. Tem coisa melhor do que torta de limão, por exemplo? Agora, deixa a sua na geladeira por duas semanas? Ela vai deixando de ser boa. Fica gradativamente ruim, vai ficando com o gosto do feijão, do frango assado, daquela pizza de peperoni que está com o gosto do feijão também... No começo, é aceitável, mas depois de um certo tempo, o caminho para o fim é inevitável: fica tão ruim que não dá mais para comer, estraga e, o que era uma maravilhosa torta de limão, tem que ir para o LIXO.
No entanto, não são todas as coisas que têm a hombridade de assumir que, depois de um tempo, vão ficar ruins e você vai ter que jogar no lixo. A torta de limão sempre foi clara, sempre se fez compreender como um ser maravilhoso que te deixará mais perto do paraíso por alguns segundos, mas que você deve aproveitá-los enquanto duram, porque mais cedo ou mais tarde ela vai estragar. Todo mundo sabe disso. Todo mundo come a torta bem rápido, por isso.
Bandas e artistas que você acha bons, filmes, músicas chicletosas que não se sabe por que você gosta, grupos, comidas, tudo, por natureza, num futuro fica ruim. Seja porque no final ela perece e morre, ou porque você começa a desgostar. Afinal, você pode achar torta de limão a coisa mais maravilhosa de deus, mas tenta comer só torta de limão como naquele episódio de my wife and kids por dois, três meses? Você vai sentir arrepios só de pensar na torta de limão. Eu acho. É o que dizem, e você vai me desculpar por não testar empiricamente esta teoria, mas eu jamais profanaria a sacracidade de uma torta de limão.
Lady Gaga. A Lady Gaga é uma pessoa do mal, pois ela não deixa claro para aqueles que acham que Lady Gaga é uma coisa muito boa, que um dia ela vai estragar e ficar muito ruim. Pelo contrário, ela ilude estas pessoas as fazendo crer que Lady Gaga sempre será legal, sempre inovará e será muderna e sensual. Uh, Lady Gaga! Uma triste inverdade.
As coisas estragam naturalmente, porque o tempo passa e os fatores externos influenciam no seu perecer. No caso da torta, são os micro-organismos nojentos que a destroem. Algumas bandas, são influências internas (quando as pessoas da banda ficam brigandinho umas com as outras, por exemplo), ou externas, como exigências de gravadora, do público, do tanto que a fama consome seu tempo livre, já que o ócio-criativo é altamente necessário para que os artistas sejam bons. As propagandas, o cansaço, a geração de fãs ser meio babaca... Tudo isso contribui. Mas não está errado, é o ciclo natural da vida.
O que me lembra uma banda que eu gostava muito, o Vanguart. No começo, quando não existiam os hits deles do semáforo do avião e do relógio, eu achava que seria uma banda que eu ia gostar pra sempre porque era muito legal. O tempo passou, a MTV chegou, a Mallu Magalhães provou e eu joguei Vanguart no lixo. Depois, inclusive, do último lastimoso show que presenciei no CCSP, onde eu aliás me senti na platéia do Xou da Xuxa. O que foi até bom, porque uma grande frustração que tenho é que nunca estive na platéia do Xou da Xuxa. Nem da Angélica. Nem da Eliana, Mara Maravilha, Sérgio Malandro. Enfim, apesar do resgate da minha infância ter sido a parte boa, a parte ruim foi que a banda já não fazia mais sentido para mim pelos motivos que fazia no passado, e fim.
Não, não é aquela frase da minha época de “ah, virou modinha, não gosto mais”. Na verdade, eu estou cagando ligando muito pouco para o que vira modinha ou não. Aliás, contrariando o pessoal da minha sala na quinta série a opinião geral, virar modinha é bem positivo, porque significa que mais pessoas estão gostando daquele artista, produto, comida, roupa, banda, música, e, em breve, na minha e na sua cidade vai ter também.
As pessoas se comportam mal quando uma coisa fica ruim, mesmo que temporariamente. É como se as coisas tivessem a obrigação de permanecerem ótimas para sempre. Woody Allen, coitado, fez Vicky Cristina Barcelona, aquele filminho péssimo, e as pessoas ficaram muito bravas com ele. Tim Burton fez esse País das Maravilhas estranhíssimo e as pessoas ficaram decepcionadas com ele. O Restart não apareceu para o show e as pessoas xingaram muito no twitter.
Poucas coisas se dão ao direito de serem sempre boas para sempre, sem ficarem ruins nem enjoativas. Aliás, seria uma lista bem, bem curta mesmo. Arroz com feijão, Beatles, água mineral e... é, só isso.
Nós, da humanidade, agimos como se fosse errado, mesmo que só uma vez na vida, ser gay, mulher, negro, palestino ruim.
Seria tão mais saudável para nossas vidas se soubéssemos deixar acabar. Aproveitar a torta de limão na hora que tá fresquinha. Saber que as coisas têm o direito natural de ficarem ruins.
Esperto não é aquele cara que viu a maçã caindo da árvore, ficando no chão e apodrecendo, aí ficou twittando que a maçã já não é mais a mesma, ficou podre e merece ir pro lixo. Esperto, na minha singela opinião, é aquele que viu a maçã cair, descobriu a lei da gravidade e tá se aproveitando dela até hoje. Este cara, além de ficar mais atento para não derrubar copos, tropeçar ou cair num buraco no chão, ainda é capaz de conhecer outras frutas como a banana, o melão e a abacaxi.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
the show must go on
quarta-feira, 15 de julho de 2009
A culpa é toda do Twitter
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Britain's got talent. Freak britain's got talent too...
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
saudade da porra!
Mentira!
Eu queria era seu corpo e sua alma, tudo de uma vez, e pro inferno com esse negócio de dose homeopática.
É você dentro de mim!
terça-feira, 11 de março de 2008
Reader's Digest
Só sei que agora, para toda compra que ela faz eles me mandam um e-mail de confirmação.
Agora veja você, o último que recebi:
LUIZA,
Confirmamos o recebimento de seu pedido e pagamento de sua compra, conforme especificado no extrato abaixo.
Estamos processando o envio do produto.
Detalhes de sua compra:
Produto:
Suave Musica para Relaxar e Sonhar
Forma de pagamento: Boleto Bancário
Número de parcelas: 4
Valor Pago: R$24.95
Saldo Devedor: R$74.85
prazo máximo para recebimento de sua compra é de até 15 dias (**)
***
Segundo minhas contas, 24,95 X 4 parcelas = QUASE 100 PILAS!!!
Em cds para... dormir.
¬¬
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
carta ao myself nosso de cada dia
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
sábado, 13 de outubro de 2007
tudo bem, confesso...
Não é tão simples assim: Eu mordo, mastigo, mastigo e engulo. Às vezes, vomito.
Eu gosto de ver o circo pegar fogo. Dentro e fora de mim.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
bien venido, forastero!
terça-feira, 18 de setembro de 2007
sábado, 1 de setembro de 2007
último pôr-do-sol
(porque no fundo a gente não morre, quem morre são os outros, a gente morre-vivo, bem vivo, e dói na carne, na garganta, adormece de tanto doer... mas nunca acaba de doer!)
Pois no dia em que você foi embora eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém;
O último homem no dia em que o sol morreu...
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Das confissões, insetos e outras porcarias
Foi uma discussão infindável entre as outras professoras, que me ensinavam gentilmente o que era o tal cheiro de barata e suas inúmeras hipóteses.
Dizem que lá onde trabalho tem muito desse fedor - é, dizem que fede -, coisa do saneamento, quando tem barata demais no lugar, é certeiro, vem aquele cheiro.
Que cheiro?
Um cheiro de barata.
Eu lá, sem entender. Era uma reunião que falava do cheiro da barata e eu com náusea daquela conversa, queria partir, tem um incômodo latente que não sei bem o que é até agora, mas faz mal.
Esse assunto desgastou. Fui lembrando saem perceber e em efeito dominó. Pensei em Clarice me mandando provar o sabor de barata esmagada e Kafka me orientando a me comportar como barata, a acordar cascuda, a ser tudo isso. Pensei em todas as baratas que já me atormentaram, muitas. Até sorri lembrando de uma em especial. Meu pânico com baratas, meus brios em não admitir de forma alguma que tenho pânico de barata, porque pânico de barata que fosse meu deveria soar poético, epifânico, não apenas uma ojeriza de mulherzinha, e minha macheza, como fica?
Percebi que não sentia mais repugnância das baratas lá da escola.
Eu nunca vi nenhuma, na verdade, mas sei que estão lá, me espreitando, me esperando, sussurando entre si à minha passagem e eu as odeio. Odiava, hoje não odeio mais. Até procurei o cheiro delas, pena que não senti, não vi.
Às vezes penso que o cheiro está lá, que elas estão lá, aos montes, uma peste, em todo canto, não há onde ir, estão presentes, visíveis, táteis... E eu é quem acredito não ver.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
letter
Talvez a gente invente amores e a insanidade tenha alguma culpa em nosso cartório.
Talvez você já tenha, até, outro amor. Viva um romance novo, com gosto de erva e água fervente, com novidades na sala de estar.
Talvez eu esteja falando com você, com você, com você, ou comigo…
Essa chama que acende e apaga e crepita e acende e apaga e me lembra a luz de um faról.
Você não é um faról. Nós não somos. Nunca fomos. As luzes de um faról parece que dançam embriagadas da maresia. Nunca entendemos porra nenhuma de maresia, a gente é feito de um tipo de fumaça. Fumaça que a gente exala pelas narinas, à plenos pulmões.
Aproveitando essa luz e essa embriaguez, eu admito: A gente decidiu isso assim que nasceu.
Tô me sentindo transparente e furta-cor. Mas é que então, agora, andei procurando em vão umas flores e um café e um cigarro e um desconsolo qualquer no bolso da minha calça. É tudo fumaça. E eu te amo violentamente.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Tão mulher...
E que é tão melhor!
Que é tudo tão seu,
Tão breu,
Tão sol!
Escorre macia uma gota de mel da sua boca, louca.
Que raio de coisa faz ela?
Atira seu corpo na cama
Desnuda
Ama e se ama
Inunda, profunda…
Quanto porto num pedaço tão oceano de mulher.
É que dorme em sua pele uma febre candanga, eu acho.
É que cabe em seu peito uma Espanha, eu acho.
E mora no quadril uma dança, eu acho.
E cai bem aos seus pés uma andança, eu acho.
É que nela eu me acho… Seja hoje eu quem for!
Mas só Paula quem porta essa alma… Ess’alma de porte lunar e beldade que não se faz, simplesmente é.
Paula, que é tão mulher!
Parece menina na areia e nas flores,
Que expande em cores
Amores
Dores
Senhores…
Parece mulher, mas tão menina
Tão divina
Messalina
Tão fina e tanto assim
Linda, colorida,
É tanto de jardim!
E é tão mulher…
E ser assim tão mulher,
E ser assim, tão assim...
Faz se encontrar escondida no sertão de si.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
dúvida cruel
meu
cérebro
crepita
uma
dúvida
martelo
minha
alma
se
agita
aflita
tragédia grega desdita
flagelo
dor
pesadelo
arranca
os
meus
cabelos
e
como
se
fosse
praga
adaga
no
cotovelo
golpeia
meu
cerebelo
SERÁ?
quarta-feira, 11 de julho de 2007
terça-feira, 26 de junho de 2007
Pela manhã...
Era simples e não preciso dizer o quanto era lindo.
Deitada livre sobre meu travesseiro.
Olhando atentamente e encantada, suspirei:
"Você tem as mãos mais finas e elegantes onde meu coração já repousou..."
E ela, por sonho ou instinto, fechou a mão e cerrou as unhas, sem sequer acordar.
domingo, 8 de abril de 2007
slow drug
pensou, inevitavelmente.
pensou naquela droga vagarosa que deixava a ponta da sua língua dormente.
achava uma dicotomia em sua língua, a bifurcação da serpente que guarda entre os joelhos.
ela pensou inevitavelmente na droga que deixava a ponta da sua língua dormente, que a fazia tremer, queimar e depois consumia cada centímetro daquilo que conhecia de si.
o vento soprando um nó na sua garganta e a visinha sem sono que lavava o quintal.
pensou em seu sono, amanhã tem que trabalhar, amanhã é outro dia, outro maço de cigarros, outro café forte.
aquela droga vagarosa que deixa a ponta da sua língua dormente lhe falta e ela não sabe mais se é uma coisa ou outra... é como perder o rumo de si.
Blue now is the colour,
With the headlights burning,
Watching out the windows,
Still the question lingers,
I twist it round my fingers,
Could you be my calling?
segunda-feira, 26 de março de 2007
bulerias
Que trago presa entre os dentes.
Feito
Um
Grito
Zapatea, zapatea,
fere os pés
fere o corpo
que a'lma caleja de pancadas
não te cansará
Todos os mistérios e nenhum desejo de desvendá-los
Na verdade todo amargo que se engole é um preço por ser
A ojeriza escondida por engolir a própria vida
Toda dor se constrói pura como a própria vida
Sem sentido algum... como a própria vida!
Voltam.
Escondidas dentro do útero
suas e minhas feridas
Um destino que dói
os pés que doem
as lágrimas que ardem, queimam, secam depois.
Um trabalho, um destino,
algumas mulheres por dentro do peito acordam ao cantar seu lamento
enquanto contemplam o sangue macio escorrer pelas pernas...
Volta.
Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Corre...
La mujer
Que trago presa entre os dentes.
Feito
Um
Grito
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
bem?
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Vou acordar ao amanhecer
vir
enquanto
durmo...
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
cadê meu rubro?
gosto de quando acordo e tem
gosto do simulacro.
sábado, 27 de janeiro de 2007
Da água
Todo mundo tava muito só.
Havia meia-luz, conhaque, cigarros, café frio, o barulho baixo da tevê e da respiração.
Ela chorava num silêncio tão profundo, tão centrado, que ninguém percebeu...
Pudera! Não haviam sombras nas paredes ou pés sobre o sofá.
Seus amigos eram muito sensíveis. Quando não, sabiam o resultado do jogo de futebol e poderia a noite acabar com pizzas baratas e vódka ruim.
Quando todo mundo precisava, todo mundo ia, era uma pose só para a foto.
Malditas poses, dizia baixinho, imperceptívelmente.
Quero amigos. Quero quem me ame, quem cozinhe, quem acabe com essa meia-luz.
Algum deles poderia abrir as janelas, deve estar sol lá fora.
Tem aquele restaurante e tem o telefone.
Eles deveriam desconfiar que existem no mundo, além de seus próprios umbigos, os meus.
Se fosse assim, seria menos vazio acreditar naquela euforia toda.
Falando como se alguém acreditasse na euforia.
Euforia é resultado da equação básica infelicidade + desespero.
Eu não devia dizer, mas esta lua, mas este conhaque, botam a gente comovido como o diabo...
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Ela escrevia, eu Lígia
Lígia, uma de minhas mulheres, olhava a paisagem atentamente de forma a não perder nada. Estavamos no centro, em uma pracinha cinza com pombos e velhos com histórias tristes e mau cheiro.
Ela carregava consigo um bloco de papél e um lápis de ponta já um pouco gasta. O que Lígia observava na paisagem eu observava em Lígia, minha paisagem.
Suas coxas roliças, gordas, seu porte robusto facilmente notável sob o vestido leve, sua pose de gênio e seu olhar de mar.
Ela queria escrever.
Me disse: "Quero voltar a escrever!".
Nesta noite, eu a tinha levado para jantar em um restaurante grego. Comemos camarões ao Molho de Iogurte e hortelã e pão à moda de Corinto, acompanhados de um vinho leve.
Lígia adora quando falo assim, com savoir faire, dizendo que o vinho em questão é "leve". Ela se encanta com pequenas coisas. Flores, restaurantes, lugares que nunca foi...
É uma mulher fascinante!
Escreveu um livro. Nunca opinei verdadeiramente sobre o tal... Só disse alguns "É ótimo!" embalados pela obrigação de agradar a fêmea, que ela entendeu que foi obrigação e provavelmente imagina que odiei seus papéis... Não.
Lígia escreve a tocar o profundo íntimo de quem lê. Confessando bem, tenho medo de envolver-me com o que escreve Lígia. É intenso, amargo, forte, dolorido...
Quando a conheci, conheci uma mestra na arte da solidão. Aos poucos fomos nos envolvendo. Levei-a onde nunca havia ido. Amei-a como jamais havia sido amada. Lygia era quase-virgem. Não gostava de sexo, não gostava de homens, não gostava de nada.
Vivia entocada em seu quarto de pensão, estudava, bebia vinhos baratos, assistia filmes desconhecidos, lia, ia até o parque com seu bloco de papél, escrevia, voltava. Eu a amei, dei a ela um apartamento aconchegante, noites agitadas, comidas e bebidas desconhecidas.
Parecia perfeito. Ela gostava, achava perfeito. Me dizia ser perfeito.
Ontem me disse que me ama.
Eu sorrí. Sei que também a amo. Amo muito minha Lígia.
Ela sente falta de escrever, sente muita falta de seus dias vazios, mas me ama, ama o vinho leve, a comida diferente, ama meu mundo, o mundo que criei para ela.
A trouxe de carro para o parque.
Há pouco fui perguntar como estava.
Ela disse "tonta".
Eu sei disso.
Me divirto com Lígia...
Não percebeu ainda que jamais conseguirá escrever novamente, afinal, acredita que está feliz.
Estúpida.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
toilette de fêmeas
Histórias pra boiada dormir
Dominique não tinha uma família respeitada. A mãe havia morrido atropelada, o pai era um escritor de teatro falido & frustrado & bêbado. Para todos efeitos, era uma boa moça e uma moça boa. Apanhada, dentro dos limites da sua estética suburbana. Todos diziam que seu corpo pertencia aos errantes e a quem não tivesse mais nada, mas este implacável costume do diz-que-me-diz do pessoal do bairro dava-se ao generoso hábito de Dominique de desde menina doar com gosto a quem quisesse doar, mas era limitado a desprezar a essência bucólica e doce da bela moçoila.
À chegada do auge do florescer de sua juventude Dominique, em época de freqüentar o baile do carnaval, conheceu Geruza. Geruza, a amiga de colégio, era a filha do casal modelo de moral e bons costumes do detrito social que as rodeava. Moça pudica e bem criada e muito mais coberta de panos que Dominique que vivia com suas tenras coxas displicentemente à mostra. Possuía olhar casto, trejeitos angelicais de quem foi cria para ser elogiada, declarado sonho - seu, de sua mãe, tia e avô - de casar-se de véu branco.
Certa feita no colégio, Geruza insinuou o quão importante seria para ela, como uma prova de sua amizade, que Dominique a convidasse a dormir em sua casa. Dominique, que sabia bem de sua fama e do conservadorismo dos progenitores de Geruza, ficou receosa, mas não demorou muito a ir falar com os pais da moça. Com os pés muito atrás (todos os dois) e depois de duas horas a fio de sofismas e dialética que Dominique dominava bem, a mãe de Geruza permitiu que a filha saísse com a outra desde que preservando infinitas condições, entre elas que a moça não mais viesse com a sandice de acompanhar Dominique no baile de carnaval naquele ano: "Onde já se viu? Moça de família, nessa idade, na rua?". Geruza não ligou para a condição, não gostava do carnaval, e aceitou cabisbaixa todo o demorado sermão, depois sendo consolada por Dominique que argumentava que pais são adultos e os adultos adultecidos são animais mamíferos, bípedes e bimanos com racionalidade muito aflorada e grande facilidade para aprender a levantar o dedo indicativo em riste e balançar a cabeça negativamente, que isso passa, que é só "pegar confiança".
Foi assim e foi rápido. Dominique estranhava o apreço exacerbado de sua amiga e a necessidade que ela sentia em freqüentar a intimidade de seu quarto, mas justificou para si mesma que talvez fosse a lasca de independência à qual a pobre Geruza reprimida se agarrava, a admiração na amiga livre.
No ano seguinte Geruza não pôde ainda ir ao baile de carnaval, mas não tinha este propósito: Dormiria como em todo final de semana na casa de Dominique, lance de praxe, estranhamente a aprazia mais que qualquer baile... Este ano, Dominique, quem não desperdiçava sua juventude, encontraria por lá um atleta de pouco cérebro e muito músculo, virilidade e voracidade: Nestor fantasiado de búlgaro, e logo depois encontraria com Geruza em sua casa. Quase tudo saindo como programado, se não fosse o imenso bolo que a mal fadada rapariga levou de Nestor fantasiado de búlgaro, que decidiu ficar pelo drive-in mesmo, acompanhado da dançarina havaiana. Mesmo furiosa com o desdém do acéfalo, Dominique não foi para o salão agarrar o primeiro pirata ou marinheiro que encontrasse, pelo contrário, contrariada com o imprevisto decidiu voltar para casa antes mesmo do horário de virar abóbora.
Entrou sem fazer barulho: Era costume que Geruza já estivesse dormindo, dorme cedo, comportada... Nas pontas nos pés subiu as escadas e entrou em seu quarto, mas para sua surpresa, a cama onde Geruza dormia estava arrumada-porém-sem-ninguém. Desceu as escadas curiosa e confusa, tentando entender o destino de sua casta amiga. Ouviu um barulho próximo à porta da cozinha... Alfredo, o gato, queria comida. Pacientemente decidiu alimentar o gato, tomar um copo de leite e ir dormir - aquela noite havia sido um fracasso -, mas quando foi em direção do armário onde era guardada a comida do bichano, um susto: Geruza nua sobre a pia da cozinha, com um chicote açoitando seu pai escritor de teatro falido & frustrado & bêbado que vestia uma ridícula roupa de couro sintético. Assustados e sem ação, os dois enrubesceram e embaraçaram-se completamente, mas Dominique saiu da cozinha de modo que não deixasse tempo para que eles tentassem o fiasco de explicar a cena. Decidida, voltou ao salão e deu para o palhaço, para o faraó, para o escocês, para o homem das cavernas e até para a nêga maluca.
Nunca mais ninguém viu Dominique por aí, uns dizem que ela saiu de mochila pela América do Sul pouco tempo depois, e que morreu há dois anos de velhice antecipada... Pode ser tudo boato, claro. De concreto só o que posso dizer é que no fatídico dia em que Dominique voltou ao baile escreveu com um batom bem carmim no espelho do banheiro feminino: "A vida deve ser muito mais do que uma coleção de momentos. É a coisa de fazer valer cada segundo de sua insignificante existência, pois no inferno não existe Serviço de Atendimento ao Cliente!...”, E depois sumiu no mundo.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2007
la mer..
Ah vai!
sábado, 16 de dezembro de 2006
A canção mais cantada de todos os tempos!
Portanto:
Dabadá,
badabadabadabada dabadaba,
uadabadaba dááábada
dabadabada badaba,
dabadabadá, dabadaba,
dabadaua uáá, budabada, dabuda, dabadaba...
dabadáááá, dabadabada,
badabauáááá!
(Concerto para uma só voz, Jessé)
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
eu sou o alpha e o ômega, o corsa e o chevete...
O aniversário do Chico.
O lançamento oficial do Xbox 360 no Brasil.
O dia mundial de luta contra a síndrome da imunodeficiência adquirida, vulgo AIDS.
O aniversário do Woody Allen.
O aniversário de Richard Pryor se estivesse vivo.
O aniversário da morte do ocultista Aleister Crowley, por falar nisso, morreu na merda.
O aniversário da morte de dois papas.
Visitem o blog do chico.
sábado, 18 de novembro de 2006
o tempo cura
terça-feira, 14 de novembro de 2006
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
E isso lá são horas?
Mas acontece que eu sumi.
Foi. De todos os lugares, magicamente.
Todos dizem "Tá sumida, heim?!" e eu concordo, estou... Mas pra onde diabos eu fui que nem eu sei, porca miséria?
É de rápido raciocínio: Se sumi de todos os lugares, devo estar em lugar algum.
Difícil saber...
No mais, exatamente agora, sim sei! Exatamente agora eu estou na frente do computador e tudo quanto é site tá muito do blazê. Uns porque estão na mesma, outros porque já houve muita transição e eu não acompanhei.
Os muito atualizados então! - É aí que peço solenes perdões:
Não terminei o assunto com a teena.
Não respondi para eles o que é o território WIA.
Não comentei o que disse que ia comentar.
Não atualizo esse diacho.
Quer saber?
Têm meu telefone, se quiserem, que liguem. Não vou ficar dependendo da banda larga pra me comunicar... Principalmente considerando que estou no tal "lugar algum" e não se sabe qual é a abrangência dos speedys.
Ai eu vou dormir e volto sei lá.
MAS VOLTAREI! - (Já dizia o Mestre Chico)
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
constatation
é isso, tá tudo muito chato e pessoal porque escrevo aqui o refugo do meu dia.
sabe?
melhor seria uma garrafa de cachaça e cama!
domingo, 15 de outubro de 2006
solilóquios I
buuut... nobody is so funny, some waking acid and today isn't a good day.
Today i can say that she's a fucking egoist, the most egocentric person that i never know (maybe just me to be better - haha!).
What do u think about your lovers and friends? Why r u always fakin' the love you can't mean?
Go ahead, talk about YOU.
And sorry, but today you'll not to look to my face and tell me what r u thinkin' about the people, with your pretty life and colder heart (if you have one), today you'd not to point the finger to my way to tell me about my weaknesses (i really said, that i know i'm half Jill and half Jack), to say that u approves or not my dramatical skill, my scandalous laugh or my red underwear... 'cause if u look into yourself, will see that YOU ARE UNHAPPY!
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
Este post deveria vir em CAIXA-ALTA
faça de conta que eu sou uma imensa lata de lixo verbal!
Um objeto onde você possa despejar
toda a malevolosidade... não sei se existe essa palavra,
já procurei no dicionário pra tu ver que eu não sou um cara ruim!
não sou um cara ruim!
eu sei que não sou um cara ruim!
não sou um cara ruim!
(malevolosidade - superguidis)
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
absurdos da Química
Tudo muito balanceado, um fio de óleo e um pitada de sal. Não pode colocar molho inglês ou cominho na comida do cachorro.
Aí ontem fui ousar: Coloquei beterraba ralada no arroz e hoje ele tá mijando roxo... Ai, tinha que dividir isso com alguém!
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
thank you for your pity, you are too kind
you might say its self-destructive,
but, you see, it's more productive
than if i were to be healthy..."
domingo, 17 de setembro de 2006
oi!
tanto eu quanto o coelho da alice estamos com bastante coisa pra fazer e nenhum tempo para executá-las.
mas eu volto, juro, um dia.
no mais, o riso é sem dúvidas um grande... radar.
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
le noveau vie
- Deixa eu falar com ela!
"Escuta aqui, minha filha, eu não tenho o dia todo então acho bom você ser bem rápida... Essa conversa está sendo gravada não só pela sua empresa, mas também por mim e eu sou o tipo de pessoa que conversa com seu advogado toda semana, certo? Então vamos falar sobre esta cobrança no meu cartão de crédito... Quero o nome de quem errou, por favor!
E essa tal promoção de dvd, como funciona? Não, não quero saber como funciona, disseram que eu ganharia um dvd e tenho isso gravado também, já analisado por meu advogado... Você não pode passar por cima de ordens? Não por isso, me ponha aí para falar com seu chefe, por favor. Boa tarde, o senhor é o chefe dessa mocinha que estava me atendendo? Pois bem, quero falar com o SEU chefe e quero falar logo!
Como assim não dá? Eu pago seu salário, meu querido, acho bom dar sim e bem rápido, estou atrasada!
Ah não? Então tudo bem, tudo certo, eu pago o quanto for, mas quero cancelar essa porcaria de jornal de merda, AGORA!
Não, não, nem quero saber de taxa, eu pago, mas vocês vão perder um cliente para o Estadão. E digo mais, pela qualidade do serviço, vão perder tarde, certo? Não me importo em pagar taxas, desde que meu nome não esteja mais neste sistema imundo de vocês!
C0mo? Vão retificar a cobrança? Hum..."
Então o amigo diz: Isso no mundo de Jô, porque no mundo ocidental do telemarketing ela já teria desligado no primeiro "voce sabe com quem está falando, mocinha?".
É nada, funciona... É só você manter o ar exaltado, mas sem xingar a mãe da moça de nomes feios.
... Muito embora essa exaltação classe média seja típica não da classe média, mas da classe pobre fudida que ganha o mesmo salário que a moça e disso ela já sabe no primeiro "você sabe com quem está falando, mocinha?", ao qual ela mentalmente responde: "provavelmente com algum atendente de call center babaca metido a besta tão duro quanto eu...", afinal, este drama todo é proveniente de um treinamento lotado de sofismas que eles reconhecem de cara... Mas o importante é que é eficaz!
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
Carlos Adão é bão!
Eu não sei por que diacho Carlos Adão é bom. Eu achava sinceramente que o cara fosse algum tipo de profeta, algum fã do Gentileza ou um fruto da imaginação coletiva congestionada na marginal tietê. Criaram-se diversas possibilidades nesta minha pobre mente atarantada, até imaginei que o cara era um cantor de reggae ou sabe lá... Enfim, existem mais mistérios entre o céu e os muros da cidade do que pode imaginar nossa vã fisiologia.
Há, por exemplo, comunidades no orkut sobre o bendito sol de Santo André, o que aparece pela cidade toda nos lugares mais movimentados e, em tese, ninguém sabe quem faz...
O nome do sol babaca é Sol Tmatico. Criativo, né?
Bom, aparentemente foi uma jogada genial de marketing onde o tal sol Tmatico era pintado em tudo quanto é canto causando curiosidade Tmatica, aí as pessoas procurariam saber a temática dele e o bendito então se revelaria... Parece também que a tal revelação demorou demais para acontecer e perdeu a graça. Até onde pude pesquisar, trata-se de um lugar Tmatico onde as pessoas Tmaticas vão Tmaticamente se divertir, como um clube, em Sto André.
Pois é, na minha parca opinião, este tipo de publicidade surprise é muito interessante e dificilmente dá certo.
Anfã...
Did you want to meet Carlos Adão, aquele que é bom?
Dona Regina e eu temos medo, sabem?
Ah! Antes que me esqueça, ênfase merecida em algumas coisas:
- A cabeça do pastor Léo que parece uma bala dum-dum.
- O Miro Táxi, que está conosco. (...)
- O punho fálico do Lidenberg, hahaha!
- E por último e não menos importante: QUEM É O BABACA SORRINDO?? Jesus, muda a roupa mas o sorriso é o mesmo, uma expressividade magnífica, algo tipo assim aparentemente inspirada no vídeo do Noah!
Será que aquilo foi empalhado e aparece na propaganda só como alegoria, tipo a carranca do Osmar Lins??
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
Dedicação
e pra você os anjos tocam suas trombetas.
e pra você os anjos cantam aleluia.
e de você os anjos dizem Rajneesh.
e de você os anjos dizem hare krishna, hare krishna, hare hama
dócrates, aristoteles, lenin, engels, freud.
chubiduba wha whap tchuba
chubiduba wha yeh *
E se não entendeu ainda:
VOCÊ ME FALA COISAS QUE NÃO ME INTERESSAM!!!1*, já dizia a canção.
*Hare - Graforréia Xilarmônica
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Eu queria explicar pro Jairton qual é minha cor
Para isso vou ter que contar que fui hippie nos anos 70, que adoro Bowie, Elvis, Limão, Al Pacino e Vanguart.
Que sou um dramalhão.
Que como farinha e pimenta, que sou neta de baiano e pernambucano, que tenho gosto em ir conhecer Itaparica. Sou neta também de mineira e portuguesa - daí surge talvez o que negue minha cor na minha própria pele -, quero realmente conhecer Itaparica e durmo sempre muito tarde.
Minhas canelas são estranhas e eu gosto de pisar deitar & rolar na grama.
Tenho problemas com insetos. Principalmente os mais extraordinários. Nietzche e a vaca.
Gosto muito dos porcos em foto... E gatos em todos lugares.
Meu quarto é bagunçado, meus lençóis, azuis, mas minha cor preferida é vermelho e nada disso tem alguma relevância.
Cariño querido meu, de todos os meus sentimentos, Merlin, é felino é esperto e é malandro.
Sou carnaval e circo.
Carnaval-circo.
...E o som de sapatos no assoalho de madeira!
Chocolates e refrigerantes baratos com gosto de inseto moído.
Também como os vegetais (inclua os de duplo-sentido).
Gosto de coxinha por causa da massa, humm...
Eu sambo.
Como doces, adoro leques.
Meus pés são feios.
Minha risada é gritada e gosto disso.
Sou um pouco surda do ouvido direito (acho que é o direito).
Quase não respiro, meu nariz serve de suporte para óculos.
Ontem tive um sonho estranho, ganhava uma bombinha de asma semi-nova da Márcia Tiburi, sabe a Márcia Tiburi? Pois é, também não entendi.
No espelho, sou vermelha.
Taí, vermelha. Não negra, não cinza, amarela, verde, branca ou rosa... Vermelha! Carmim! E o ponto é final.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
balanço
Descobrí muitas coisas, entre elas que se ficar um dia sem ver a novela já atrapalha na sua compleição da mesma, imagina semanas? As pessoas já envelheceram, engordaram e estão mais infelizes, grande Manoel Carlos Golçalves de Almeida.
Beautiful Girl do INXS entrou na trilha da novela, temática que adoro.
Helena continua com cara de coito interrompido.
Dramático.
Me perdí nas cenas, não sei mais assistir com a rapidez que ela exige... Na cena rau-can-ai-go-ôn da menininha deficiente encontrando seu irmãozinho no parque eu parei boba olhando praquela feição de bunda de reginelena duarte e viajei, não acompanhei mais. Estava imaginando um romance entre uma das Helenas-dramáticas-cadê-meu-vagisil do Manoel Carlos e algum dos personagens machões cospe-na-lata do Frank Miller. Tipo uma edição especial Batman Cavaleiro das Trevas, o coroa, que se apaixona pela Helena Ex-Namoradinha do Brasil, cara de "tira o dedo qu'esse cu é meu!". Seria fantástico, diálogos emocionantes de dramalhão regados a vento e chuva, porque todo dramão de HQ tem que ter chuva cinza.
Antes de mais nada, não sou pânthrica com poderes sobre-humanos de armazenar dados, histórias, críticas e exemplares raros de HQ, mas me dou ao luxo de vez em quando coisar uma Marvel para ver o Xavier dizendo que os mutantes não matam e o Wolverine retrucando com um "Responda por você, xará!", então suas garras de magnetita saindo fazem aquele barulhinho supimpa, "snick" e ele sai matando porque Wolverine é mau, pega um pega geral.
Tampouco sou fã do Manoel Carlos (embora tenha AMADO as tramas alternativas coadjuvantes não-principais de Laços de Família) que assiste a novela toda noite conversando com a almofada ou gritando para a tevê "largue de ser burra, Maria Alice, ele está te traindo com a empregada!!"... Mas tenho fortes tendências a ambos.
No mais, notícias do fim de semana: Passei 24 horas na horizontal, com pequenas pausas para alimentação.
terça-feira, 22 de agosto de 2006
sine qua non II
Ao rebento deu-se o nome de João.
João nasceu como qualquer moleque, bem, mas tinha um probleminha: Ele era invisível.
Tinha olhos pequenos, apertados, melancólicos. Bochechas avermelhadas e rechonchudas. Estatura mediana e porte corpulento, mas tudo isso era segredo a quem quer que fosse, já que a única que conseguia enxergar o menino João era a sua mãe, a dona Zica.
Então dia desses João morreu de morte morrida, batendo insistentemente com a cabeça num muro de pedra.
Morreu.
Demorou um tempo sangrando, mas enfim morreu... E obviamente ninguém notou.
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
sine qua non
Dizem alguns padres exorcistas que é a hora que os demônios escolhem para ação direta, como uma zombaria à santíssima trindade e inversão da hora tida como hora da morte de Cristo, três da tarde.
Não sou especialista, mas tenho pra mim que isso deve de ser verdade.
A janela tá fechada, a cama feita, outros lençóis.
O ar da diferença no cômodo, mas tem coisa alí pra arrumar, sempre tem.
O texto do trabalho que estava escrevendo há pelo menos 5 horas só tem uma frase. Nela a expressão "divisor de águas" aparece duas vezes e sem aspas. Vou jogar essa merda no lixo.
Hoje minha unha quebrou e fiquei realmente emputecida, como sofresse um aborto.
Comí macarronada e fiz um bolo de cenoura. Já parou pra pensar que todos os dias pelo menos uma das pessoas que você conhece comeu macarrão?
Nunca tinha feito um bolo de cenoura antes, ficou bom.
Quando você pára pra pensar naquilo que acha que ninguém pensa, conclui coisas assustadoras.
Temos um relógio biológico, certo?
O meu parou às três da manhã.
- Tava no rascunho: -
acordou sozinho.
desceu as escadas sozinho.
escovou os dentes sozinho.
leu o jornal sozinho.
foi à feira, comprou mangas, sozinho.
foi ao teatro, cinema, show de rock... sozinho.
almoçou sozinho.
riu sozinho.
lamentou sozinho.
dançou, fez coreografias absurdas, dessa vez sozinho.
entrou no metrô sozinho.
saiu do metrô sozinho.
cozinhou sozinho, pôs a mesa para três sozinho, serviu-se sozinho.
andou sozinho.
comprou sapatos sozinho.
chocolates brancos e fotografias sozinho.
lembrou sozinho.
escreveu este texto sozinho...
e ficava a cada instante mais claro que foi sempre assim e que ele faria tudo isso novamente sozinho cotidianamente até o fim dos seus dias... então sentou e esperou o fim da história chegar.
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
não sei escrever "possessa".
Estou tão puta que tenho até postado todo dia (ou quase, o que significa freqüentemente e não me encha o saco).
Puta com as pessoas.
Puta com você que acredita piamente que seus amigos não podem ser gostados por outra pessoa.
Viu, idiota? Ser amigo não é possuir, monopolizar.
Viu, babaca? Tá na hora de acordar de entender que o fato de duas mil pessoas gostarem de arroz com cenoura como você não quer dizer que todas elas estão querendo parecer-se contigo, você não inventou nada, você não criou nem a si mesmo que é uma cópia tosca do meio em que vive, aula barata de sociologia blogspot.
Puta com você que achou que eu não tenho todo direito do mundo de ligar para o que acontece no mundo.
Não percebeu ainda que sua opinião e a minha têm a mesma equivalência; a de merda alguma?
Não percebeu que eu pensar em doutrinar criancinhas para serem extraterrestres e você passar a vida nos palcos fazendo sua artezinha barata dá no mesmo, que você coça a bunda e eu ainda tenho utopias, mas que somos fedor do mesmo lixo?
Tô puta por não ter voz mais pra falar.
Tô puta por não ter lugar pra sentar no trem.
Tô puta.
Tô realmente puta, infeliz, mas posso me considerar com a sorte de ao menos saber que isso não muda nada na vida de ninguém e o ponto é final.
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Borboletas acreditando em asas de pedra
Fiquei sabendo que não pertenço a este mundo, revelação deveras esclarecedora.
Segundo fontes seguras, sou um ser exilado de um planeta tri-legal porque sou ruim para ele... Como castigo, me jogaram aqui.
Bem que eu nunca entendí um lugar onde as pessoas decidem sempre muito mal o que fazer com o mundo onde vivem e só sabem fazer reclamar das escolhas alheias.
Lá no meu planeta as pessoas não sofrem porque querem.
Não têm meias-palavras.
A arrogância e petulância é maleducação, sabe? Como arrotar à mesa.
Dificilmente se registra um caso de alguém com choro preso na garganta.
As pessas não trabalham como cavalos e aceitam isso como um cão dócil.
Aliás e principalmente, no meu planeta as pessoas não são surradas gratuitamente na rua, não existem pessoas que, por frustração, raiva, rancor ou coisas quaisquer, tentam matar um outro alguém assim, de graça.
No meu planeta ninguém sai de casa pra ferir, pra agredir, pra usurpar a vida alheia. A gente sabe desde cedo que sexo é melhor.
Lá, não existem as tais Bósnias e Palestinas andando de ônibus, trem, metrô, que vivem das 6 às 10 cansando-se, gastando-se, e, na volta, sendo agredidas, feridas, estupradas, mortas.
Todos têm a clareza de enxergar quem lhes faz mal, entendem? Que não é a moça do balcão a responsável por ter vindo o prato errado, que não é o cachorro o responsável pelo seu cansaço, que não é o filho o responsável pelo salário de merda, que não é aquele homem feliz e inteligente o responsável pela sua infelicidade e burrice.
No tal planeta não existe a propriedade a denegrir.
Qualquer um lá sabe que o respeito é um principio norteador básico...
Ninguém vive castrado, retraído.
As pessoas sabem em senso comum, como se fosse óbvio, que viver e deixar viver é premissa & que no inferno não existe S.A.C.
Preciso urgentemente voltar pra lá!
bingo!
Era só isso.
Fiquei, inclusive, espantada com minha capacidade de síntese!
°
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
it two
Love me, love me, love me, say you do...
Let me fly away with you!
For my love is like the wind... And wild is the wind...
Wild is the wind...
Give me more than one caress,
satisfy this hungriness
Let the wind blows through your heart,
For wild is the wind, wild is the wind...
You touch me,
I hear the sound of mandolins
You kiss me...
With your kiss my life begins!
You're spring to me, all things to me...
Don't you know? Your life is safe!*
Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me...
For we're like creatures of the wind, and wild is the wind...
Wild is the wind...
Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me
For we're like creatures in the wind, and wild is the wind...
Wild is the wind...
Wild is the wind...
*o correto é "don't you know, you're life itself..."
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
it
cette tragédie devient un goût amer terrible dans la langue et au coeur...
et une femme avec un coeur amer est le plus mauvaise produit que l'enfer faite.
essa tragédia coloca um gosto amargo terrível na língua e no coração...
e uma mulher com um coração amargo é o pior produto que o inferno fez!
°
*de Sobre o estado de Joana, txt 2.
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
É.. Haviam galos, noites & quintais!
O que houve quando ela já não aguentava mais suas olheiras, conseqüência das noites mal dormidas por conta de um galo com personalidade duvidosa que adora fazer serenata bem embaixo da sua janela...
- Indignada da vida, louca do meu cu & na fúria de marimar, fui falar hoje com o dono do galo.
- Você tem a pachorra de ir lá?
- Tenho não, já fui! Disse "Olha, senhor Raul, com todo o respeito, sabe? Mas chego tarde de faculdade e preciso dormir, coisa que (pausa pra pigarrear)... Hum, coisa que seu galo não está me deixando fazer! Taí, falei! Eu já não sei mais o que fazer, senhor Raul, ele está com implicância comigo, entende?
- Hum, e ele??
- Ele ficou sem saber o que dizer... Me perguntou "O que que eu posso fazer?! e mais que rapidamente eu disse "Mandar o desgranhento do galo pra panela! Com todo respeito, sabe?"
- Não acredito, não é do teu feitio!
- Olhe, galos com personalidade e filha-da-putísse não entram no meu programa de proteção irrestríta a animais camaradas! Eu falei mesmo pra mandar o galo pra panela e ele respondeu sorrateiro e meio desesperado: "Nããããão!! Não posso, é galo de estimação! No galinheiro só tem ele e uma galinha... Minha galinha sumiu, o coitado tá solitário, é isso que tem deixado ele atordoado assim, tenta entender..."
- Eu respondí na lata, já tava virada no diabo: "Senhor Raul, eu também fico um tanto solitária de vez em quando... E nem porisso fico cacarejando na janela do senhor, concorda??"
- Se arrumar outra galinha pra ele, será que não sossega?
- Nada, eu não quis falar pra não contrariar o homem, mas o galo é implicante mesmo, ele não vai com a minha fuça, desgramento.
- Hahaha, e nesse momento o galo tá quieto?
- Tá, tá quietinho.
- Então, quando vc colocar seu pijama do piu piu, escovar os dentes, apagar a luz e deitar ele vai começar a cacarejar?
- Não ainda... Ele afina a voz e faz aqueles exercícios de "si-pa-xi-fu" entre quatro e quatro e meia, aí faz um "humhum" de pigarro e canta lindo todas as canções de seu repertório, mas devido ao cansaço e sono que me são peculiares, isso só começa a me incomodar lá pras cinco e meia...
E você, na cidade grande, achou que a poluição era seu grande problema!
domingo, 25 de junho de 2006
Lavabocacomsabão!
Me disseram que ando dizendo uma quantidade imensa de palavras de baixo calão, mais do que sempre falei e que isso atrapalha a vida (?).
É verdade, mas estou me superando... Hoje tropecei na sala e ao invés de gritar "caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalho" eu disse "poxa vida, mas que maçada, heim?!"
O que é o auto-policiamento, não é mesmo, minha gente?
domingo, 18 de junho de 2006
o de sempre
No meio do caminho tinha um pênis.
Tinha um pênis no meio do caminho.
Não dá pra fazer poesia porque o pênis sempre acha ser o caminho, enfim.
O mastro imperioso.
O controle do Atari.
Apêndice majestoso.
Pênis, metonímia de poder.
Hahaha, metonímia de poder...
Celulas-pai por todos os lados... Bebendo cerveja.
Não é o ato de SER homem, é ESTAR homem que incomoda.
segunda-feira, 12 de junho de 2006
Não é um post de Dia dos Namorados!
De doces.
De chocolates.
De caipirinha.
Você gosta de café com leite morno-quase-frio.
Gosta de pão.
Leite com groselha, vê se pode?
Sorvete afrodisíaco de abacaxí com vinho.
E elogia as comidinhas horrendas que eu faço pra você... Gosta até das minhas panquecas!
Gosta do mousse de maracujá que a pri faz, do macarrão com quatro queijos que minha mãe faz e do pão de mandioquinha que minha tia faz.
Tenho minhas dúvidas de que goste do café da minha avó, é tão forte...
E eu? Eu gosto do gosto de macarrão com vinho, gosto do gosto do ovo de páscoa recheado, gosto do gosto do baião de dois, gosto do gosto de pirulito-do-chaves, gosto do gosto de algodão doce, gosto do gosto de limão... Gosto do gosto do sábado, quando passo ele com você.
domingo, 11 de junho de 2006
Mundo Injusto!
Lou Reed
Iggy Pop
Tina Turner
Freddie Mercury
Mick Jagger
Arcade Fire
Brian Molko
Nine Inch Nails
Pet Shop Boys
Annie Lennox
David Gilmour
Moby
Damon Albarn
Placebo
Cher (!)
Robert Smith
E mais...
#
Ele gravou músicas com todo esse pessoal aí.
Com alguns ele usou drogas, fez sexo e gravou músicas. Nem sempre foi nessa ordem.
E juro, minha gente, que eu dispensaria a coisa de gravar música.
Podia até ser em silêncio, sabe?
sexta-feira, 9 de junho de 2006
Se é Bayer, é bom!
Sabe aquelas coisas do cunho das maldades universais praticadas pela Coca-Cola®, McDonalds® entre outras multinacionais malvadas? Pecados da Globalização®? Por favor, me contem um monte deles!
Afinal, até hoje, só sentí seus benefícios...
Todo santo dia acordo com dores de cabeça que só serão sanadas com o tranqüilizador verde-e-branco® aspirinico.
Nos dias menstruais, a coisa fica tão foda que só com as orações à santa Cafiaspirina® mesmo.
Aspirina® + Coca Cola® + Café® = Estudar a noite toda acordadíssima!
Sinusite atacada? Amassa a Aspirina® e inala: O nariz sangra, a dor some e ainda te dá barato.
Acordou tarde e cabeça está pesada? Duas Aspirinas® e um Pão-na-chapa® na padaria.
Encanamento furado? Aspirina® pode ser usada como solda também.
A luz acabou? Quem viveu a doce época da Cebalena®, sabe... Fogo na Aspirina® que ela dura mais que vela de sete-dias!
Enfim...
Acerca dela, contem-me coisas péssimas, muito péssimas!
Vale tudo: Exploração do trabalho de menores na costa da Argentina, uso de baba de cachorro louco na composição das drágeas, teste em capivaras do tietê... Tudas informações que tiverem, eu imploro!
E...
Estudar dá dor-de-cabeça?
Cafiaspirina® não!
Dá, no máximo, Dor-de-estômago®...
terça-feira, 6 de junho de 2006
6/6/6
Relaxe...
Diria Vanguart que hoje é terça-feira e todos seus amigos querem morrer.
É um belo dia, afinal.
Seu chefe ainda terá dor-de-barriga e prisão de ventre.
A magia está no ar!
É... E você, trevoso-paganista-ocultista-anti-cristo-de-sobretudo-e-pentagrama-pesado?
Celebrará em grande estilo com seu vinho xicrinha à tira colo!
Vamos aproveitar para tirar fotos no cemitério e evocar o sete peles para um chá amistoso, pois.
Allan-Poe orgulha-se de seus herdeiros sobre a terra!
No mais? Ânimo!
Hoje é um dia mágico, é um dia gótchico, é um dia das trevas, é um dia caótchico!
Hoje é 06/06/06 - Aniversário da ZICA!
sábado, 13 de maio de 2006
Lenda Urbana
Contudo mais uma vez estive enganada: Tem humano que ainda compensa!
Marileide é uma delas, diga-se.
Imagine comigo...
Quatro pessoas.
Maria e Tiago encontram Joyce no caminho de enfim encontrarem Vandré na estação do presidente saladinha a fim de aproveitar sua sexta-feira antes que essa vida besta acabe... E vão, vitoriosos, ouvir seu roquenrrou.
Marileide, em plena noite de sexta, estuda... Pelas louças percebe-se que ela comeu por alí mesmo, sozinha, no apartamento alugado por sabe-se lá qual motivo.
As quatro pessoas que dançaram, cantaram, pularam, tietaram e tudo mais partem de uma cidade para outra... Pobres de marré marré, vão buscar abrigo no apartamento emprestado da boa tia de Maria.
Marileide tranca a porta e vai dormir, aproveitar a noite fria para descançar-se bem.
As quatro pessoas passam no supermercado a fim de comprar umas coisinhas para matar a fome e fechar a noite agradável. Chegam ao apartamento, abrem a porta. Enfim o abrigo quentinho está alí, sob seus pés.
Neste momento que os destinos se cruzam... A porta abre, eles entram.
Marileide acorda assustada com o abrir da porta do quarto: Não é que nem Marileide sabia de visitas, nem Maria sabia que o apartamento estaria alugado?
Um simples diálogo:
"Oi... Desculpa, eu sou sobrinha da dona, viemos passar a noite aqui."
"(expressão de "?") Ah, ela me alugou o apartamento..."
"(expressão de "??") Er... Posso fechar a porta?"
Marileide virou pro lado e dormiu, deixando o resto do apartamento aos quatro estranhos cansados que carregavam cervejas.
DORMIU!
Quem nessa terra alugaria um apartamento e não chamaria a polícia ao ser surpriendido por quatro indivíduos estranhos munidos de requeijão e Stella Artois? E digo mais, que nem diria nada, só viraria para o lado e dormiria?
É de se refletir...
Será que Marileide havera se entopido de antidepressivos, porisso não teve forças para pegar a carabina embaixo da cama e sair atirando neste povo folgado?
Será que Marileide tinha tido uma noite de sexo adulto & despudorado com mais 5 pessoas e 2 cachorros, portanto exausta não teve forças para dizer sequer boa noite?
Será que Marileide era só apenas uma boa pessoa com sono?
Será que Marileide era mesmo real? Marilene não seria pois um fruto da imaginação coletiva?
(OUTRA VERSÃO)
Para elucidar:
Como as tais quatro pessoas estranhas sabem que o nome é Marileide? Claro que eles leram os papéis da moça que estavam sobre a mesa da cozinha... Seria indelicadeza, depois de tanta demostração de altruísmo, sairem sem sequer saber o nome de sua nova musa inspiradora...
De qualquer forma, vivas às Marileides. Sutís, silenciosas e acolhedoras... Santificadas sejam.
(Retificando: Tive que corrigir todas as vezes que acidentalmente chamei MariLEIDE de Marilene, sabe-se lá por quê...)
sábado, 29 de abril de 2006
PIADA INTERNA!
Panthro diz:
Meu, ser mulher é uma merda. E olha que eu nem sou!
Jô diz:
Mas olha, ser vagina é que deve ser o pior...A coitada é a mais cobiçada, baba quando tem corrimento, vive reprimida, escondida e sufocada, tem que abrir aquele sorrisão pro ginecologista maléfico que soca um puta bico de ferro como se fosse confortável. Quando vai usar pomada, tem que ser enfiar um aplicador safado que parece uma seringa todo santo dia. Quando quer ter prazer, um cabeçudo vai sendo socado na coitada...
Panthro diz:
Agh!
Jô diz:
Sem contar, claro, sangrar sem parar durante 6 dias. E o carefree, coitada! O carefree e o absorvente normal sufocam, a pobrezinha deve ficar transpirando que é uma beleza... Enquanto que o absorvente interno vai inchando lá dentro. Inchando lá dentro, Panthro! Ninguém merece.
Panthro diz:
Não é fácil... Mas pelo menos ela não tem consciência. É como ter um filho retardado
Jô diz:
Será? A minha xota fala!
Jô diz:
Em três idiomas.
Jô diz:
Ela fuma também...
Panthro diz:
U-HU!
Panthro diz:
Já foi no Ratinho?
Jô diz:
Hahhahahahahaha!
Jô diz:
Todo mundo pergunta isso quando eu digo que sei fazer um drinque cremoso, o cherry xota, uma delícia...
Leite condensado + Licor de cereja + Frisante (essa parte do frisante é pura emoção) e Vódka. Coloca tudo isso lá na xota, dá uma rebolada sincera e depois é só a pessoa meter a boca na xota e se deliciar...
Jô diz:
... quando termina o drinque uma cereja salta no céu da sua boca, é divino!
Panthro diz:
Hahahhahha
Panthro diz:
Tirando a taça, eu acho que gostei
Panthro diz:
Não gosto de xota, pode vir num copo de requeijão pra mim?
Jô diz:
Até dá pra ser, mas seria melhor um tubo de ensaio... embora o indicado seja a xota mesmo, onde o truque da cerejinha safada no céu da boca sairia perfeito!
Panthro diz:
Hahahaahha, imagino a cereja safada pulando!
Panthro diz:
Acho que depois vou fazer um template novo pra cereja safada...
(...)
Acho digno, e vocês?
terça-feira, 25 de abril de 2006
Foi Maluf que fez...
Lindos & propagandeiros: Um enorme e imponente primeiro outdoor, O IMPACTO, que tem uma imagem de como era aquela área antes da brilhante idéia do Quércia tão bem executada pelo Maluf... É uma Big Foto da Favela. Sabe favela? Daquelas que são feitas de telhas, lonas e placas de madeira? Sim, uma baita fotona de uma dessas favelas.
Um outro enorme e imponente segundo: O DEPOIS.
Esses dois imensos outdoors têm dizeres do tipo "Era assim, ficou assado". Primeiro o já descrito, chocante. Em seguida o segundo , "O DEPOIS", com uma enorme foto agora contente das casinhas do CDHU lá, coloridinho, a super morada feliz.
Achei incrivelmente poético, sabe? Tem todo um apelo sentimental mostrar as fotos da área na própria área; de como ela era monstruosa, pobre, miserável, brasileira... E de como ficou fofa e alegre com essa estética colorida de super-morada-feliz.
Mais legal ainda é que passando rapidamente de carro, o cidadão se choca com a nudeza cruél de fatualidade da primeira foto, alguns metros depois é confortado com a eficácia do projeto na mostrada na segunda foto (que está estrategicamente posicionada bem na frente do conjunto habitacional, criando um prisma maior conforto com a atual realidade do lugar) e, logo adiante, passa pela favela que fica ao lado do CDHU, tão favelada quanto a da primeira foto... Mas até aí tudo bem. O cidadão-motorista já se desencantou com a miséria e se encantou denovo com o colorido das casinhas, nem vai perceber a tal favela. Favela essa que é tão real que até fica oblíqua na paisagem... Se tivessem colocado uma imensa foto da tal favela na frente da própria, quem sabe ela chocasse alguém, né?
Juro mesmo que ía postar algo sobre isso... Mas achei melhor deixar pra lá, sabe?
quinta-feira, 13 de abril de 2006
Monstruada
Como confiar numa criatura que não sangra, que não tem corrimento, que não sabe inserir um OB na sua cavidade inferior e sair andando por aí normalmente & vitoriosa?
(Já que houve injustiça na minha predisposição genetica, serei injusta com o mundo todo mês quando começar o ciclo de cólicas... Todos sabem que me torno uma monstra feroz & malvada, tá?)
E caralho, por que diabos existe essa porra de páscoa?
Já viram os preços dos chocolates??
Tá cada dia mais difícil manter meu vício...
Como se não bastasse, eu sou pagã, não comemoro a porra da páscoa.
Pago mais caro pelo chocolate & ainda tem a taxa do buscopan da cólica maldita...
Viu?
Eu só me fodo, é incrível.